Lição 4
16 de Outubro de 2016
A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício
Leitura Bíblica em classe
1- E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e
disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
2 - E disse: Toma agora o teu filho, o teu único
filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em
holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
3 - Então, se levantou Abraão pela manhã, de
madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e
Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao
lugar que Deus lhe dissera.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito do teste mais difícil que Abraão
poderia experimentar. Veremos também que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu
em nosso lugar para a nossa salvação. Deus estava provando a fé de Abraão, bem
como o seu amor e fidelidade. Em meio à provação, Abraão não duvidou do poder
sustentador de Jeová-Jirê, o Deus que provê. O Senhor pediu que Abraão
sacrificasse o seu único filho, o filho da promessa. Pela fé, Abraão obedeceu à
ordem de Deus indo ao lugar do sacrifício com seu filho Isaque. Acredita-se
que o monte Moriá seja a mesma colina em Jerusalém onde Salomão
construiu a casa do Senhor; onde Deus apareceu a Davi, pai de Salomão; Davi
preparou a eira (o lugar) que pertenceu a Araúna, o jebuseu, para a construção
do Templo do Senhor por seu filho, segundo prometeu. Atualmente, é o local onde
está a Mesquita de Omar, sobre a Cúpula da Rocha, de onde os muçulmanos acreditam
teria sido o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo
profeta Maomé) e permanece hoje como um templo da fé islâmica.
I - FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
1. Abraão é provado. Abraão faz parte da
galeria dos heróis da fé (Hb 11). Ele é conhecido como o "pai da fé".
A prova a que Abraão fora submetido parece um paradoxo diante do Deus amoroso,
justo e que jamais aceitaria um sacrifício humano. Deus pediu a Abraão algo
fora do comum, visto que sacrifícios humanos eram praticados nas religiões
pagãs. Mas o desafio foi feito e Abraão teria de provar sua lealdade e seu amor
ao Senhor. Em outras ocasiões Abraão falhou como homem e desobedeceu a Deus,
mas Ele não o abandonou. O Senhor via em Abraão qualidades que eram superiores
às suas fraquezas. E o patriarca precisava aprender a depender de Deus. As
dificuldades e provações fizeram com que Abraão desenvolvesse uma intimidade
maior com o Senhor. Abraão já havia experimentado alguns momentos de frustração
e amargura que lhe fizeram avaliar melhor suas decisões para com Deus.
2. No limite da capacidade humana. O apóstolo Paulo,
escrevendo aos coríntios, declarou: "Não veio sobre vós tentação, senão
humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes,
com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co
10.13). A prova a que Abraão fora submetido fez com ele chegasse ao máximo da
sua capacidade espiritual e emocional
3. Um pedido difícil. O pedido de Deus
parecia ser ilógico, impróprio, irracional e impossível de ser aceito. Deus
havia pedido, em holocausto, o seu único filho, "o filho da
promessa". Tem-se a impressão de que Deus estava pedindo a devolução de
algo que dera ao seu amigo. Abraão, entretanto, em momento algum se negou a obedecer
a Deus. Quantas vezes, em meio às dificuldades e provações, dizemos para Deus
que não podemos obedecê-lo, que não podemos suportar o que Ele nos pede. Deus
não quer o nosso mal, pois nos prova para que o conheçamos melhor.
II - PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO
1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício. Esses três
elementos eram a essência da prova a que Abraão estava sendo submetido. O
primeiro elemento era o seu amor para com Deus. O Senhor queria provar se Ele
estava em primeiro lugar no coração de Abraão. Deus tem de estar em primeiro
lugar em nossos corações. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a
Deus, deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. O
segundo elemento era a obediência. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que o
Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição. O terceiro
elemento envolvido nessa prova era a fé. Se antes, em algumas circunstâncias,
Abraão vacilou, como no caso de ter um filho com Agar, agora, amadurecido pelas
crises, ele confia plenamente em Deus. Abraão confiou que Deus seria capaz de
operar um milagre.
2. O clímax da prova. Depois de três dias de viagem, Abraão, Isaque e os moços que estavam com
eles chegaram à terra de Moriá (Gn 22.4). Os dois moços ficaram ao pé do monte,
e Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do
sacrifício (Gn 22.4-6). Na subida, o pai e o filho conversavam. Isaque não
sabia como seria feito esse sacrifício, pois eles não tinham consigo um animal
(um cordeiro) para o holocausto. Isaque perguntou ao seu pai: "[...] Onde
está o cordeiro para o holocausto?" (Gn 22.7), e Abraão, de forma incisiva
e confiante, respondeu: [...] "Deus proverá para si o cordeiro [...]"
(Gn 22.8).
3. O momento decisivo da prova. O caminho da
obediência pode parecer o mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no
momento certo. O pai e o filho chegaram ao local do sacrifício. Abraão conhecia
a fidelidade de Deus, e por isso não se desesperou. Isaque era um filho
obediente, um menino de fé. Ele aceitou ser amarrado e colocado sobre a lenha.
Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, mas o anjo do Senhor bradou forte
e não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto. A
intervenção divina na terra de Moriá (Gn 22.11,12) mostra que um dia, no
Calvário, Jesus morreu em nosso lugar. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por
nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo.
III - JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO
1. O sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O Deus que proveu
um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou
seu Filho para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou seu Cordeiro,
Jesus Cristo, para morrer por nós. O sacrifício de Jesus foi necessário para o
perdão dos nossos pecados.
2. A reconciliação mediante o sacrifício do
Cordeiro. O sacrifico de Jesus nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus
Cristo foi único e definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef 2.16).
Jesus, o Cordeiro de Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Sem
Ele estaríamos perdidos, longe de Deus e condenados ao inferno. Temos um
Criador que nos ama e que não negou dar o seu Unigênito para que tivéssemos a
vida eterna..
3. A justificação mediante o Cordeiro de Deus. Jesus, o Cordeiro
de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa
condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o
Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé,
temos paz com Deus (Rm 5.1).
CONCLUSÃO
Creia que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e
lugar, desde que estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema
vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em
consonância com as exigências divinas
PARA
REFLETIR
A respeito da provisão de Deus no monte do
sacrifício, responda:
1. Deus nos dá
tentação além do que podemos suportar? Confirme a resposta com uma referência.
Não. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: "Não veio
sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar
acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a
possais suportar" (1 Co 10.13).
2. O que Deus pediu a
Abraão?
Deus pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta.
3. Quantos dias
Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?
Acredita-se que eles caminharam durante três dias.
4. Qual a resposta de
Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o sacrifício?
"Deus proverá para si o cordeiro" (Gn 22.8).
5. Quem é o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo?
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