Estudos Bíblicos

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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Bíblia de estudo Strong

Esta Bíblia é indicada para todos que desejam entender os textos em seus idiomas originais, pois ela vem com um dicionário de primeira linha que é o dicionário de Strong, contendo hebraico e grego para ajudar a todos os estudantes de teologia e todos os que se interessam pelas línguas originais da Bíblia.

This Bible is suitable for all who wish to understand the texts in their original languages, since it comes with a first-line dictionary which is the Strong's dictionary, containing Hebrew and Greek to help all theology students and all those interested the original languages of the Bible.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

ONDE ESTAVA DANIEL QUANDO OS TRÊS JOVENS FORAM LANÇADOS NA FORNALHA?















ONDE ESTAVA DANIEL QUANDO OS TRÊS JOVENS FORAM LANÇADOS NA FORNALHA?

 
Essa passagem de Daniel três tem sido objeto de dúvidas e muitas controvérsias no meio teológico. Onde estava Daniel no dia da consagração da estátua levantada por Nabucodonosor no campo de Dura, na província da Babilônia? Pois enquanto Sadraque, Mesaque e Abdnego não se curvaram diante da estátua, preferindo ser jogados na fornalha de fogo ardente, Daniel não é citado no texto. Diante dessa situação alguns tem sugerido que ele estivesse viajando a serviço do rei, visto que ocupava um posto muito elevado (era governador da província da Babilônia). Por outro lado existem os que defendem a tese de que Daniel num momento de fraqueza, curvou-se diante da imagem.

 

Diferente do que tem sido sugerido por boa parte dos cristãos, eu quero propor que Daniel estava presente no dia da consagração da estátua de Nabucodonosor, mas, no entanto, não se curvou diante dela. Que ele não se curvou é possível afirmarmos pelo simples fato de conhecermos biblicamente a sua conduta e caráter como homem e profeta de Deus. Quando ainda jovem rejeitou os manjares da mesa do rei porque sabia que eram alimentos consagrados às divindades babilônicas. Em outra ocasião, quando os 120 presidentes, através de um plano diabólico, fizeram o rei aprovar um decreto para punir Daniel, homem de oração, com pena de ser lançado na cova dos leões, ele preferiu ser lançado aos leões a deixar de orar ao seu Deus. A Bíblia descreve Daniel como um homem de fé em Deus, e muita coragem para enfrentar os poderosos da Babilônia, e que, portanto, jamais se curvaria diante da estátua de Nabucodonosor.

 Então onde estava Daniel quando os seus companheiros foram jogados na fornalha?
Gostaríamos de salientar que não há uma só passagem na Bíblia que diga de forma clara que Daniel estava ou não na Babilônia no dia da consagração da estátua.

Mas, ao lermos o final do capitulo dois e os primeiros versículos do capítulo três, somos inclinados a pensar que Daniel não somente estava na Babilônia, mas também em pé diante da estátua no dia da consagração.

 Antes de lermos a passagem que nos faz entender que Daniel estava em pé diante da estátua, gostaríamos de falar sobre a sua posição no império babilônico. De acordo com Dn 2.48 ele ocupou o cargo de governador de toda a província da Babilônia, como também de chefe sobre todos os sábios do reino.

 De acordo com o texto referido a primeira informação que temos é que Daniel não era apenas mais um judeu no reino de Nabucodonosor, mas o governador da província da Babilônia e chefe supremo de todos os sábios do reino. Como alguém com cargos tão importantes poderia estar ausente num evento de tanta importância que iria ocorrer na província por ele governada? Essa não seria uma atitude insolente e desrespeitosa para com o rei e para com as autoridades que foram convocadas pelo rei?

 Com base nessa informação precisamos ler o texto de Dn 3.1-3 para ver no que ele poderá contribuir para elucidação da questão em foco. Segundo os versículos 2 e 3 o rei deu uma ordem a todos os seus grandes. E a ordem real jamais poderia ser desobedecida, pois implicava na morte do transgressor. Assim diz o texto do versículo 2: “Então o rei Nabucodonosor mandou reunir os príncipes, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os capitães, e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado".

Até esse ponto a questão continua sendo uma incógnita, pois esse texto nada diz sobre onde Daniel estava no dia da consagração da estátua. Mas se lermos o versículo seguinte, provavelmente, ele lançará lua sobre a nossa indagação. Vejamos: “Então se reuniram os príncipes, os prefeitos e governadores, os capitães, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, e todos os oficiais das províncias, à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado; e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado” (Dn 3.3).

 Como lemos, o texto é taxativo, pois afirma de forma clara que “os governadores estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado”. Até onde sabemos, de acordo com o texto, Daniel era o governador da província da Babilônia onde a imagem foi levantada. Diante dessa realidade e da convocação do rei, não há como conceber a ideia de Daniel estar ausente dessa cerimônia por supostamente estar envolvido em alguma atividade fora do império, como alguns tem sugerido, o que na verdade, não passa de uma mera hipótese. Devemos, portanto, nos ater a declaração expressa no texto bíblico, a saber, que os governadores, incluindo Daniel, estavam em pé diante da imagem (Dn 3.3).

 É importante salientar que o fato de Daniel estar presente naquele lugar não significa que ele tenha se curvado diante da imagem. Pois Daniel era temente a Deus e jamais se curvaria diante de uma divindade pagã. Acerca disso ele deu provas de sua fidelidade a Deus em outras ocasiões registradas na Bíblia. Ele se negou a alimentar-se da porção do rei porque sabia que aquela comida era consagrada a um deus pagão, e num segundo momento preferiu ser jogado na cova dos leões a deixar de orar ao seu Deus (Dn caps. 1 e 6). Por outro lado não podemos perder de vista que a ordem se curvar diante da imagem foi dada apenas ao povo e não para os governadores.

 

Parte integrante do livro “Perguntas Difíceis de Responder” volume 3.

 

Pastor Elias Soares de Moraes... o autor

 

 

 

 

O que a mulher de Jó disse: Amaldiçoa a Deus e morre ou abençoa a Deus e morre?


 
 
 
 
 
 
O que a mulher de Jó disse: Amaldiçoa a Deus

E morre ou abençoa a Deus e morre?

 

No livro de Jó há um caso muito singular onde uma palavra hebraica é intencionalmente traduzida pelo seu significado oposto. Antes de partir para a explicação desse caso tão estranho e enigmático, é preciso ler alguns textos desse livro que é um dos mais belos exemplos da sabedoria hebraica.

 

A história é bem conhecida, Jó, um servo fiel e justo, tem sua vida posta ao avesso após ser atingido pelas mais terríveis desgraças. Tudo começa após Satanás pôr em dúvida a fidelidade desse servo de Deus, que era rico, saudável e possuidor de uma bela família. Satanás argumenta que Jó só é fiel por causa das bênçãos (barak) que Deus lhe concedeu:

Abençoaste (barak=bênção) a obras das suas mãos e seus rebanhos cobrem toda a região (Jó  1,10).

No versículo acima a palavra hebraica barak foi traduzida de acordo com o seu sentido original, bênção. Mas note que no texto abaixo essa mesma palavra recebe um significado completamente oposto. Neste texto Jó está justificando os holocaustos diários que fazia:

Talvez meus filhos tenham cometido pecado, maldizendo (barak=bênção) a Deus em seu coração (Jó  1,5).

Ora, traduzir barak por bênção neste texto não faz nenhum sentido. Como os filhos de Jó poderiam ter cometido pecado contra Deus lhe bendizendo? O texto hebraico traz “bênção”, mas a tradução traz “maldição”. Estranho! Um outro exemplo é a frase dita pela mulher de Jó, que após não ver mais esperança para seu marido diz:

Amaldiçoa (barak) teu Deus e morre duma vez!” (Jó 2,9). 

Como no texto anterior, o contexto pede a palavra maldição e não bênção. Mas porque os tradutores não foram fiéis ao texto hebraico?

 

A explicação mais provável é a de que os copistas judeus tenham trocado a palavra original para que o nome de Deus (Elohim) não ficasse ao lado da palavra maldição (qalal). Assim, ao invés da forma original e mais antiga do texto, qalal elohim vamut (amaldiçoa teu Deus e morre), surge a forma barak elohim vamut (abençoa teu Deus e morre). Os tradutores, percebendo essa adulteração intencional, retornaram ao que seria a forma original do texto.

 

No texto hebraico logo abaixo, vemos um texto de Jó 2,9 em hebraico, onde a palavra barak (em vermelho=bênção) aparece ao lado da palavra elohim (em azul=Deus):
essa forma, presente nos atuais manuscritos disponíveis, seria uma adulteração do texto original perdido.




Sei que algumas pessoas têm muita dificuldade em aceitar que um copista tenha tido coragem para mudar palavras do texto bíblico já que é famoso o extremo zelo que tinham pelas Escrituras Sagradas. Mas ao que parece o zelo pelo nome divino era algo que estava acima de qualquer coisa.

O que acontece é que os copistas por terem total reverência pelo nome de YAVÉ, não aceitavam escrever palavras de maldição ao Santo nome do Senhor. Então, o que eles fizeram foi trocar uma expressão por outra, o que é chamado no hebraico de Tiqqune Soferin que corresponde em português ao que chamamos de eufemismo quando se troca uma palavra por outra para amenizar o peso da expressão.

 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O canto do galo referido por Jesus

Esclarecendo o canto do galo referido por Jesus


 
 
 
 
 
 
Quando Pedro negou Jesus, o que houve de fato? O canto de uma ave ou toque de uma trombeta?

 O Canto do Galo

 Havia um galinheiro na casa de Anás e de Caifás? Que galo cantou quando Pedro negou Jesus se não havia galos naquela região?

  Mateus 26.69-75 e textos paralelos descritos nos outros evangelhos apresentam uma das mais fascinantes histórias na vida de Pedro, discípulo do amado Mestre. Costumeiramente, tem se aceito com toda naturalidade que o “canto do galo” referido por Jesus quando falou antecipadamente que Pedro o trairia, era realmente o cantar de um galo, uma ave. No entanto, pode perfeitamente ser que o canto do galo não fosse o canto de uma ave; e desde o começo não pretende significar isso.

  Acima de tudo, a casa do Sumo Sacerdote estava no centro de Jerusalém. E, certamente, não haveria um galinheiro no centro da cidade. De fato, havia uma regra na lei judaica que era ilegal ter galos e galinhas nas cidades santas. Jerusalém era tida como uma cidade santa e as galinhas sujariam a cidade por questões higiênicas. De acordo com o Baba Qama 7.7 era proibido “criar galinhas em Jerusalém por causa das coisas santas”.

  Por isso, havia uma ordem rabínica seguida à risca pela população: essa ordem era contra qualquer criação ou manutenção de galos ou galinhas dentro das muralhas da cidade santa, visto que eles, além de fazerem suas necessidades físicas em qualquer lugar, também ciscavam procurando pequenos bichos para se alimentarem, produzindo então, coisas impuras, violando assim, a lei da pureza em Israel, que era coisa muito importante para eles.

  Mas, então se não se podia criar ou manter vivo galos e galinhas dentro dos portões da cidade, especialmente no centro, na casa do Sumo Sacerdote em especial, de onde apareceu esse galo para cantar? Era realmente uma ave ou esse termo “o cantar do galo” poderia se referir a alguma outra coisa que não fosse uma ave?

  Muitos cometem equívocos porque não conhecem a cultura, o cotidiano, o dia a dia da população judaica e romana dos tempos bíblicos; e, por causa disso, não conseguem captar o que o texto realmente quis dizer na sua origem. O que texto quer dizer com canto do galo?

  O segredo todo está na forma em que os romanos dividiam a noite. Esta era dividida em quatro vigílias de aproximadamente 3 horas cada uma:

a) Primeira vigília: do pôr do sol até às 9 horas, também chamado de vigília do entardecer.

b) Segunda vigília: das 9 horas à meia-noite, chamada de vigília da meia-noite.

c) Terceira vigília: de zero hora às 3 horas, também conhecida como vigília do canto do galo.

d) Quarta vigília: das três até a aurora, chamada de vigília do amanhecer.

  Essas quatros vigílias determinavam o período das três horas do serviço da guarda romana. Os judeus inicialmente dividiam a noite em três vigílias: a primeira, “princípios das vigílias” (Lamentações 2.19), ia desde o sol posto até às 10 horas da noite; a segunda, a vigília média” ou da meia-noite (Juízes 7.19) principiava  às 10 horas da noite e prolongava-se até às duas horas da madrugada; e, a terceira, a “vigília da manhã” (1 Samuel 11.11), desde as duas horas da até ao nascer do sol. No entanto, em tempos posteriores, na época do império romano a noite passou a ser dividida, segundo o costume dos romanos, em quatro vigílias (desde as 6 horas da tarde às 6 horas da manhã), de três horas cada uma (Mateus 14.25 e Lucas 12.38). Em Marcos (13.35), as quatro vigílias são designadas pelo nome especial de  cada uma. Veja texto:

  Marcos 13.35-37. Vigiai. Pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!

  Os judeus com frequência usavam uma forma abreviada quando se referiam a essas vigílias da noite. “Tarde” era uma expressão com a qual se referiam ao fim da vigília, ou seja, 21h00min. “Meia-noite” indicava o fim da segunda vigília. Você observou? “Cantar do galo” era o termo usado por eles para o fim da terceira vigília, ou seja, três horas da madrugada. E “pela manhã” o modo como se referiam ao fim da quarta vigília, ou seja, às seis horas da manhã. Jesus pode voltar em qualquer das quatros vigílias romanas, que terminavam respectivamente, às 21 horas, 24 horas, 3 horas e 6 horas da manhã.

  O que isso tudo tem a ver com a história de Pedro? É que o “canto do galo” era a expressão usada naquela época no império romano para se referir ao toque do trombeta tocada pelo soldado romano avisando a todos o final da terceira vigília da noite, ou seja, três horas da manhã. No primeiro século, assim em Jerusalém como em todas as cidades importantes denominadas pelo império romano, esse toque da trombeta era conhecido como “canto do galo”.

  O final de cada vigília e o início da próxima era assinalado por um toque de trombeta. Assim, da mesma forma como nas vigílias anteriores, ao final da terceira vigília um sinal era dado pelos guardas romanos e ocorria a troca da guarda. Esse soar da trombeta às três horas da manhã era chamado em latim “gallicinium” e de “alektorophonia” em grego e ambos significavam em português “o canto do galo”. Essa expressão romana adveio do fato de que os galos normalmente cantam de madrugada, embora não haja horário previsto para as aves o fazerem.

  Portanto, se isso realmente foi dessa forma, Jesus estava identificando a hora exata da última negação de Pedro: segundos antes das três horas manhãs, quando ocorria o “gallicinium”. Se fosse um galo ave, não haveria um tempo específico para o cumprimento da palavra de Jesus, pois os galos são imprevisíveis e cantam inúmeras vezes na madrugada. Mas, lembremo-nos que era proibido ter galos ou galinhas dentro dos muros da cidade. Na verdade, não era um sinal que seria dado por uma ave, seria um sinal militar, uma trombeta, que demoliria o coração e a alma de Pedro. Não seria o canto de um galo qualquer, cujo barulho não se nota ao longe, mas a trombeta do soldado que ecoaria a negação de Pedro por toda a cidade, como que anunciando a triste e grande traição operada pelo apóstolo.

  Todo mundo em Jerusalém sabia de toque da troca de guarda às 3 horas da manhã no castelo de Antônia e conheciam que o toque da trombeta era chamado de “canto do galo”. Jesus não falara de um corriqueiro canto de um galo no fundo do quintal da casa da Aná e de Caifás, mas do barulho ensurdecedor da trombeta que se espalhava por toda Jerusalém, soando forte nos ouvidos de Pedro, balançando sua alma, fazendo com que chorasse copiosamente por ter traído a Jesus.

  Como explicar o fato, então, do evangelista Marcos narrar a predição de Jesus de uma forma mais específica que os demais evangelistas? Em Marcos 14.30, Jesus diz a Pedro: “Antes que o “galo cante” duas vezes, três vezes me negarás me negarás”. O que acontecia é que durante os tempos festivos, devido ao grande número de pessoas na cidade de Jerusalém a trombeta era com frequência tocada duas vezes, primeiro em uma direção e depois de alguns minutos em outra direção. Como era época da Páscoa, a trombeta tocou duas vezes. Isso nos assegura que a terceira negativa de Pedro aconteceu imediatamente segundos antes das 3 horas da madrugada.

 

  Outra explicação é dada pelo historiador Plínio que afirma o seguinte: o toque da trombeta da meia-noite era conhecido como o “primeiro cantar do galo”; o toque das três horas da manhã era conhecido como o “segundo cantar do galo”. Desta forma, Plínio sugere que a primeira negação teria acontecido momentos antes da meia-noite e a última negação de Pedro exatamente segundos antes das 3 horas da madrugada. A segunda negação teria ocorrido no espaço entre a meia-noite e às três horas da manhã, o que é também uma explicação extremamente viável para o acontecido.

Aula de grego do novo testamento parte 1

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Esboço da lição 5 do 4º trimestre 2016


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As consequências das escolhas precipitadas

Introdução

a)      Uma jornada de fé

b)      Um descuido de Abraão para com a ordem de Deus (sai da sua terra e do meio da parentela)

c)      Um começo de jornada aparentemente tranquilo

I.O cuidado com as escolhas

1. A prosperidade de Abraão

a.      Obediência que produz prosperidade

b.      A desobediência traz consigo a ruína

c.       Abraão não era um andarilho solitário

2. Abraão faz a escolha certa

a)      Obediência ao chamado

b)      Conheceu a voz de Quem o chamou

c)      Estava na dependência de Deus

 

3. Abraão passa pelo Egito

a.      Manteve a fé em meio à crise

b.      Obstáculos vencidos por meio da perseverança

c.       Abraão foi próspero mesmo antes de chegar à terra da promessa

II. Ló é atraído por aquilo que vê

1. Briga entre os pastores de Abraão e Ló

a.    O reencontro com o altar construído

b.    Invoca o Altíssimo em gratidão

c.    Crise familiar por causa de bens

2. A decisão de Abraão

a)      Sabedoria ao decidir uma questão

b)      Procurando solução, e não criando problemas.

c)      Responsabilidade pelas próprias escolhas

 

3. A escolha precipitada de Ló

a.      Escolha pelas aparências

b.      Decisão sem um aval de Deus

c.       Não honra a quem merece honra

 

III. Ló, um caso de prosperidade e perdas.

1. Ló e suas riquezas

a)      Foi abençoado

b)      Foram separados por causa de intrigas

 

2. A guerra dos reis

a)      Terra boa, porém, moradores perversos e imorais.

b)      Bens confiscados por causa de escolhas precipitadas

 

3. Abraão socorre Ló

a.      Um coração misericordioso

b.      O Senhor nos ajuda mesmo quando falhamos

 

Conclusão

O nosso estado futuro irá refletir nossas escolhas do passado.

 

Por: Pr. Erick Leite

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Lição 4 A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício


 
 
 
 
 
 
Lição 4

16 de Outubro de 2016

 

A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício

 

Leitura Bíblica em classe

1- E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

 

2 - E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.

3 - Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

 

 

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito do teste mais difícil que Abraão poderia experimentar. Veremos também que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu em nosso lugar para a nossa salvação. Deus estava provando a fé de Abraão, bem como o seu amor e fidelidade. Em meio à provação, Abraão não duvidou do poder sustentador de Jeová-Jirê, o Deus que provê. O Senhor pediu que Abraão sacrificasse o seu único filho, o filho da promessa. Pela fé, Abraão obedeceu à ordem de Deus indo ao lugar do sacrifício com seu filho Isaque. Acredita-se que o monte Moriá seja a mesma colina em Jerusalém onde Salomão construiu a casa do Senhor; onde Deus apareceu a Davi, pai de Salomão; Davi preparou a eira (o lugar) que pertenceu a Araúna, o jebuseu, para a construção do Templo do Senhor por seu filho, segundo prometeu. Atualmente, é o local onde está a Mesquita de Omar, sobre a Cúpula da Rocha, de onde os muçulmanos acreditam teria sido o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo profeta Maomé) e permanece hoje como um templo da fé islâmica.

 

 

I - FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO

 

1. Abraão é provado.  Abraão faz parte da galeria dos heróis da fé (Hb 11). Ele é conhecido como o "pai da fé". A prova a que Abraão fora submetido parece um paradoxo diante do Deus amoroso, justo e que jamais aceitaria um sacrifício humano. Deus pediu a Abraão algo fora do comum, visto que sacrifícios humanos eram praticados nas religiões pagãs. Mas o desafio foi feito e Abraão teria de provar sua lealdade e seu amor ao Senhor. Em outras ocasiões Abraão falhou como homem e desobedeceu a Deus, mas Ele não o abandonou. O Senhor via em Abraão qualidades que eram superiores às suas fraquezas. E o patriarca precisava aprender a depender de Deus. As dificuldades e provações fizeram com que Abraão desenvolvesse uma intimidade maior com o Senhor. Abraão já havia experimentado alguns momentos de frustração e amargura que lhe fizeram avaliar melhor suas decisões para com Deus.

2. No limite da capacidade humana.  O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, declarou: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co 10.13). A prova a que Abraão fora submetido fez com ele chegasse ao máximo da sua capacidade espiritual e emocional

3. Um pedido difícil.  O pedido de Deus parecia ser ilógico, impróprio, irracional e impossível de ser aceito. Deus havia pedido, em holocausto, o seu único filho, "o filho da promessa". Tem-se a impressão de que Deus estava pedindo a devolução de algo que dera ao seu amigo. Abraão, entretanto, em momento algum se negou a obedecer a Deus. Quantas vezes, em meio às dificuldades e provações, dizemos para Deus que não podemos obedecê-lo, que não podemos suportar o que Ele nos pede. Deus não quer o nosso mal, pois nos prova para que o conheçamos melhor.

 

II - PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO

 

1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício. Esses três elementos eram a essência da prova a que Abraão estava sendo submetido. O primeiro elemento era o seu amor para com Deus. O Senhor queria provar se Ele estava em primeiro lugar no coração de Abraão. Deus tem de estar em primeiro lugar em nossos corações. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a Deus, deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. O segundo elemento era a obediência. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que o Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição. O terceiro elemento envolvido nessa prova era a fé. Se antes, em algumas circunstâncias, Abraão vacilou, como no caso de ter um filho com Agar, agora, amadurecido pelas crises, ele confia plenamente em Deus. Abraão confiou que Deus seria capaz de operar um milagre.

2. O clímax da prova. Depois de três dias de viagem, Abraão, Isaque e os moços que estavam com eles chegaram à terra de Moriá (Gn 22.4). Os dois moços ficaram ao pé do monte, e Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do sacrifício (Gn 22.4-6). Na subida, o pai e o filho conversavam. Isaque não sabia como seria feito esse sacrifício, pois eles não tinham consigo um animal (um cordeiro) para o holocausto. Isaque perguntou ao seu pai: "[...] Onde está o cordeiro para o holocausto?" (Gn 22.7), e Abraão, de forma incisiva e confiante, respondeu: [...] "Deus proverá para si o cordeiro [...]" (Gn 22.8).

3. O momento decisivo da prova. O caminho da obediência pode parecer o mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no momento certo. O pai e o filho chegaram ao local do sacrifício. Abraão conhecia a fidelidade de Deus, e por isso não se desesperou. Isaque era um filho obediente, um menino de fé. Ele aceitou ser amarrado e colocado sobre a lenha. Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, mas o anjo do Senhor bradou forte e não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto. A intervenção divina na terra de Moriá (Gn 22.11,12) mostra que um dia, no Calvário, Jesus morreu em nosso lugar. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

III - JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO

 

1. O sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O Deus que proveu um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou seu Filho para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou seu Cordeiro, Jesus Cristo, para morrer por nós. O sacrifício de Jesus foi necessário para o perdão dos nossos pecados.

2. A reconciliação mediante o sacrifício do Cordeiro. O sacrifico de Jesus nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus Cristo foi único e definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef 2.16). Jesus, o Cordeiro de Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Sem Ele estaríamos perdidos, longe de Deus e condenados ao inferno. Temos um Criador que nos ama e que não negou dar o seu Unigênito para que tivéssemos a vida eterna..

3. A justificação mediante o Cordeiro de Deus. Jesus, o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé, temos paz com Deus (Rm 5.1).

CONCLUSÃO

Creia que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e lugar, desde que estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em consonância com as exigências divinas

 

PARA REFLETIR

A respeito da provisão de Deus no monte do sacrifício, responda:

1. Deus nos dá tentação além do que podemos suportar? Confirme a resposta com uma referência.

Não. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co 10.13).

2. O que Deus pediu a Abraão?

Deus pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta.

3. Quantos dias Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?

Acredita-se que eles caminharam durante três dias.

4. Qual a resposta de Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o sacrifício?

"Deus proverá para si o cordeiro" (Gn 22.8).

5. Quem é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?