Esta Bíblia é indicada para todos que desejam entender os textos em seus idiomas originais, pois ela vem com um dicionário de primeira linha que é o dicionário de Strong, contendo hebraico e grego para ajudar a todos os estudantes de teologia e todos os que se interessam pelas línguas originais da Bíblia.
This Bible is suitable for all who wish to understand the texts in their original languages, since it comes with a first-line dictionary which is the Strong's dictionary, containing Hebrew and Greek to help all theology students and all those interested the original languages of the Bible.
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segunda-feira, 31 de outubro de 2016
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
ONDE ESTAVA DANIEL QUANDO OS TRÊS JOVENS FORAM LANÇADOS NA FORNALHA?

ONDE ESTAVA DANIEL QUANDO OS TRÊS JOVENS FORAM LANÇADOS NA FORNALHA?
Diferente do que tem sido sugerido por boa parte dos cristãos, eu
quero propor que Daniel estava presente no dia da consagração da estátua de
Nabucodonosor, mas, no entanto, não se curvou diante dela. Que ele não se
curvou é possível afirmarmos pelo simples fato de conhecermos biblicamente a
sua conduta e caráter como homem e profeta de Deus. Quando ainda jovem rejeitou
os manjares da mesa do rei porque sabia que eram alimentos consagrados às
divindades babilônicas. Em outra ocasião, quando os 120 presidentes, através de
um plano diabólico, fizeram o rei aprovar um decreto para punir Daniel, homem
de oração, com pena de ser lançado na cova dos leões, ele preferiu ser lançado
aos leões a deixar de orar ao seu Deus. A Bíblia descreve Daniel como um homem
de fé em Deus, e muita coragem para enfrentar os poderosos da Babilônia, e que,
portanto, jamais se curvaria diante da estátua de Nabucodonosor.
Mas, ao lermos o final do capitulo dois e os primeiros versículos
do capítulo três, somos inclinados a pensar que Daniel não somente estava na
Babilônia, mas também em pé diante da estátua no dia da consagração.
Até esse ponto a questão continua sendo uma incógnita, pois esse
texto nada diz sobre onde Daniel estava no dia da consagração da estátua.
Mas se lermos o versículo seguinte, provavelmente, ele lançará lua sobre a
nossa indagação. Vejamos: “Então
se reuniram os príncipes, os prefeitos e governadores, os capitães, os juízes,
os tesoureiros, os conselheiros, e todos os oficiais das províncias, à
consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado; e estavam em pé
diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado” (Dn 3.3).
Parte integrante do livro “Perguntas Difíceis de Responder” volume
3.
Pastor Elias Soares de Moraes ... o autor
O que a mulher de Jó disse: Amaldiçoa a Deus e morre ou abençoa a Deus e morre?
O que a mulher de Jó disse: Amaldiçoa
a Deus
E morre ou abençoa a Deus e morre?
No
livro de Jó há um caso muito singular onde uma palavra hebraica é
intencionalmente traduzida pelo seu significado oposto. Antes de partir para a
explicação desse caso tão estranho e enigmático, é preciso ler alguns textos
desse livro que é um dos mais belos exemplos da sabedoria hebraica.
A
história é bem conhecida, Jó, um servo fiel e justo, tem sua vida posta ao
avesso após ser atingido pelas mais terríveis desgraças. Tudo começa após
Satanás pôr em dúvida a fidelidade desse servo de Deus, que era rico, saudável
e possuidor de uma bela família. Satanás argumenta que Jó só é fiel por causa
das bênçãos (barak) que Deus lhe concedeu:
Abençoaste (barak=bênção)
a obras das suas mãos e seus rebanhos cobrem toda a região (Jó 1,10).
No
versículo acima a palavra hebraica barak foi traduzida de acordo com o
seu sentido original, bênção. Mas note que no texto abaixo essa mesma palavra
recebe um significado completamente oposto. Neste texto Jó está justificando os
holocaustos diários que fazia:
Talvez meus filhos tenham cometido pecado, maldizendo
(barak=bênção) a Deus em seu coração (Jó 1,5).
Ora,
traduzir barak por bênção neste texto não faz nenhum sentido. Como os
filhos de Jó poderiam ter cometido pecado contra Deus lhe bendizendo? O texto
hebraico traz “bênção”, mas a tradução traz “maldição”. Estranho! Um outro
exemplo é a frase dita pela mulher de Jó, que após não ver mais esperança para
seu marido diz:
“Amaldiçoa (barak) teu Deus e morre duma
vez!” (Jó 2,9).
Como
no texto anterior, o contexto pede a palavra maldição e não bênção. Mas porque
os tradutores não foram fiéis ao texto hebraico?
A
explicação mais provável é a de que os copistas judeus tenham trocado a palavra
original para que o nome de Deus (Elohim) não ficasse ao lado da palavra maldição (qalal).
Assim, ao invés da forma original e mais antiga do texto, “qalal
elohim vamut” (amaldiçoa teu Deus e morre), surge a forma “barak
elohim vamut” (abençoa teu Deus e morre). Os tradutores, percebendo
essa adulteração intencional, retornaram ao que seria a forma original do
texto.
No texto hebraico logo abaixo, vemos um texto de Jó 2,9 em hebraico, onde a palavra barak
(em vermelho=bênção) aparece ao lado da palavra elohim
(em azul=Deus):
essa
forma, presente nos atuais manuscritos disponíveis, seria uma adulteração do
texto original perdido.Sei que algumas pessoas têm muita dificuldade em aceitar que um copista tenha tido coragem para mudar palavras do texto bíblico já que é famoso o extremo zelo que tinham pelas Escrituras Sagradas. Mas ao que parece o zelo pelo nome divino era algo que estava acima de qualquer coisa.
O que acontece é que os copistas por terem total reverência pelo nome de YAVÉ, não aceitavam escrever palavras de maldição ao Santo nome do Senhor. Então, o que eles fizeram foi trocar uma expressão por outra, o que é chamado no hebraico de Tiqqune Soferin que corresponde em português ao que chamamos de eufemismo quando se troca uma palavra por outra para amenizar o peso da expressão.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Esclarecendo o canto do galo referido por Jesus
Quando Pedro negou Jesus, o que
houve de fato? O canto de uma ave ou toque de uma trombeta?
Mateus 26.69-75 e textos paralelos descritos nos outros
evangelhos apresentam uma das mais fascinantes histórias na vida de Pedro,
discípulo do amado Mestre. Costumeiramente, tem se aceito com toda naturalidade
que o “canto do galo” referido por Jesus quando falou antecipadamente que Pedro
o trairia, era realmente o cantar de um galo, uma ave. No entanto, pode
perfeitamente ser que o canto do galo não fosse o canto de uma ave; e desde o
começo não pretende significar isso.
Acima de tudo, a casa do Sumo Sacerdote estava no centro de
Jerusalém. E, certamente, não haveria um galinheiro no centro da cidade. De
fato, havia uma regra na lei judaica que era ilegal ter galos e galinhas nas
cidades santas. Jerusalém era tida como uma cidade santa e as galinhas sujariam
a cidade por questões higiênicas. De acordo com o Baba Qama 7.7 era proibido
“criar galinhas em Jerusalém por causa das coisas santas”.
Por isso, havia uma ordem rabínica seguida à risca pela
população: essa ordem era contra qualquer criação ou manutenção de galos ou
galinhas dentro das muralhas da cidade santa, visto que eles, além de fazerem
suas necessidades físicas em qualquer lugar, também ciscavam procurando
pequenos bichos para se alimentarem, produzindo então, coisas impuras, violando
assim, a lei da pureza em Israel, que era coisa muito importante para eles.
Mas, então se não se podia criar ou manter vivo galos e galinhas
dentro dos portões da cidade, especialmente no centro, na casa do Sumo
Sacerdote em especial, de onde apareceu esse galo para cantar? Era realmente
uma ave ou esse termo “o cantar do galo” poderia se referir a alguma outra
coisa que não fosse uma ave?
Muitos cometem equívocos porque não conhecem a cultura, o
cotidiano, o dia a dia da população judaica e romana dos tempos bíblicos; e,
por causa disso, não conseguem captar o que o texto realmente quis dizer na sua
origem. O que texto quer dizer com canto do galo?
O segredo todo está na forma em que os romanos dividiam a noite.
Esta era dividida em quatro vigílias de aproximadamente 3 horas cada uma:
a) Primeira vigília: do pôr do sol até às 9 horas, também chamado
de vigília do entardecer.
b) Segunda vigília: das 9 horas à meia-noite, chamada de vigília
da meia-noite.
c) Terceira vigília: de zero hora às 3 horas, também conhecida
como vigília do canto do galo.
d) Quarta vigília: das três até a aurora, chamada de vigília do
amanhecer.
Essas quatros vigílias determinavam o período das três horas do
serviço da guarda romana. Os judeus inicialmente dividiam a noite em três
vigílias: a primeira, “princípios das vigílias” (Lamentações 2.19), ia desde o
sol posto até às 10 horas da noite; a segunda, a vigília média” ou da
meia-noite (Juízes 7.19) principiava às 10 horas da noite e prolongava-se
até às duas horas da madrugada; e, a terceira, a “vigília da manhã” (1 Samuel
11.11), desde as duas horas da até ao nascer do sol. No entanto, em tempos
posteriores, na época do império romano a noite passou a ser dividida, segundo
o costume dos romanos, em quatro vigílias (desde as 6 horas da tarde às 6 horas
da manhã), de três horas cada uma (Mateus 14.25 e Lucas 12.38). Em Marcos
(13.35), as quatro vigílias são designadas pelo nome especial de cada
uma. Veja texto:
Marcos 13.35-37. Vigiai. Pois, porque não sabeis quando virá o
dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do
galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos
ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!
Os judeus com frequência usavam uma forma abreviada quando se
referiam a essas vigílias da noite. “Tarde” era uma expressão com a qual se
referiam ao fim da vigília, ou seja, 21h00min. “Meia-noite” indicava o fim da
segunda vigília. Você observou? “Cantar do galo” era o termo usado por
eles para o fim da terceira vigília, ou seja, três horas da madrugada. E “pela
manhã” o modo como se referiam ao fim da quarta vigília, ou seja, às seis horas
da manhã. Jesus pode voltar em qualquer das quatros vigílias romanas, que
terminavam respectivamente, às 21 horas, 24 horas, 3 horas e 6 horas da manhã.
O que isso tudo tem a ver com a história de Pedro? É que o “canto
do galo” era a expressão usada naquela época no império romano para se referir
ao toque do trombeta tocada pelo soldado romano avisando a todos o final da
terceira vigília da noite, ou seja, três horas da manhã. No primeiro século,
assim em Jerusalém como em todas as cidades importantes denominadas pelo
império romano, esse toque da trombeta era conhecido como “canto do galo”.
O final de cada vigília e o início da próxima era assinalado por
um toque de trombeta. Assim, da mesma forma como nas vigílias anteriores, ao
final da terceira vigília um sinal era dado pelos guardas romanos e ocorria a
troca da guarda. Esse soar da trombeta às três horas da manhã era chamado em
latim “gallicinium” e de “alektorophonia” em grego e ambos
significavam em português “o canto do galo”. Essa expressão romana adveio do
fato de que os galos normalmente cantam de madrugada, embora não haja horário
previsto para as aves o fazerem.
Portanto, se isso realmente foi dessa forma, Jesus estava
identificando a hora exata da última negação de Pedro: segundos antes das três
horas manhãs, quando ocorria o “gallicinium”. Se fosse um galo ave, não
haveria um tempo específico para o cumprimento da palavra de Jesus, pois os
galos são imprevisíveis e cantam inúmeras vezes na madrugada. Mas, lembremo-nos
que era proibido ter galos ou galinhas dentro dos muros da cidade. Na verdade,
não era um sinal que seria dado por uma ave, seria um sinal militar, uma
trombeta, que demoliria o coração e a alma de Pedro. Não seria o canto de um
galo qualquer, cujo barulho não se nota ao longe, mas a trombeta do soldado que
ecoaria a negação de Pedro por toda a cidade, como que anunciando a triste e
grande traição operada pelo apóstolo.
Todo mundo em Jerusalém sabia de toque da troca de guarda às 3
horas da manhã no castelo de Antônia e conheciam que o toque da trombeta era
chamado de “canto do galo”. Jesus não falara de um corriqueiro canto de um galo
no fundo do quintal da casa da Aná e de Caifás, mas do barulho ensurdecedor da
trombeta que se espalhava por toda Jerusalém, soando forte nos ouvidos de
Pedro, balançando sua alma, fazendo com que chorasse copiosamente por ter
traído a Jesus.
Como explicar o fato, então, do evangelista Marcos narrar a
predição de Jesus de uma forma mais específica que os demais evangelistas? Em
Marcos 14.30, Jesus diz a Pedro: “Antes que o “galo cante” duas vezes, três
vezes me negarás me negarás”. O que acontecia é que durante os tempos festivos,
devido ao grande número de pessoas na cidade de Jerusalém a trombeta era com
frequência tocada duas vezes, primeiro em uma direção e depois de alguns
minutos em outra direção. Como era época da Páscoa, a trombeta tocou duas
vezes. Isso nos assegura que a terceira negativa de Pedro aconteceu
imediatamente segundos antes das 3 horas da madrugada.
Outra explicação é dada pelo historiador Plínio que afirma o
seguinte: o toque da trombeta da meia-noite era conhecido como o “primeiro
cantar do galo”; o toque das três horas da manhã era conhecido como o “segundo
cantar do galo”. Desta forma, Plínio sugere que a primeira negação teria
acontecido momentos antes da meia-noite e a última negação de Pedro exatamente
segundos antes das 3 horas da madrugada. A segunda negação teria ocorrido no
espaço entre a meia-noite e às três horas da manhã, o que é também uma
explicação extremamente viável para o acontecido.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Esboço da lição 5 do 4º trimestre 2016
As consequências das escolhas
precipitadas
Introdução
a) Uma jornada de fé
b) Um descuido de Abraão para com a
ordem de Deus (sai da sua terra e do meio da parentela)
c) Um começo de jornada aparentemente
tranquilo
I.O cuidado com as escolhas
1. A
prosperidade de Abraão
a. Obediência que produz prosperidade
b. A desobediência traz consigo a ruína
c. Abraão não era um andarilho solitário
2. Abraão faz a escolha certa
a) Obediência ao chamado
b) Conheceu a voz de Quem o chamou
c) Estava na dependência de Deus
3. Abraão passa pelo Egito
a. Manteve a fé em meio à crise
b. Obstáculos vencidos por meio da
perseverança
c. Abraão foi próspero mesmo antes de
chegar à terra da promessa
II. Ló é atraído por aquilo que vê
1. Briga entre os pastores de
Abraão e Ló
a. O reencontro com o altar construído
b. Invoca o Altíssimo em gratidão
c. Crise familiar por causa de bens
2. A
decisão de Abraão
a) Sabedoria ao decidir uma questão
b) Procurando solução, e não criando problemas.
c) Responsabilidade pelas próprias
escolhas
3. A escolha precipitada de Ló
a. Escolha pelas aparências
b. Decisão sem um aval de Deus
c. Não honra a quem merece honra
III. Ló, um caso de prosperidade e perdas.
1. Ló e suas riquezas
a) Foi abençoado
b) Foram separados por causa de intrigas
2. A guerra dos reis
a) Terra boa, porém, moradores perversos
e imorais.
b) Bens confiscados por causa de
escolhas precipitadas
3. Abraão socorre Ló
a. Um coração misericordioso
b. O Senhor nos ajuda mesmo quando
falhamos
Conclusão
O
nosso estado futuro irá refletir nossas escolhas do passado.
Por:
Pr. Erick Leite
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Lição 4 A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício
Lição 4
16 de Outubro de 2016
A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício
Leitura Bíblica em classe
1- E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e
disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
2 - E disse: Toma agora o teu filho, o teu único
filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em
holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
3 - Então, se levantou Abraão pela manhã, de
madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e
Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao
lugar que Deus lhe dissera.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito do teste mais difícil que Abraão
poderia experimentar. Veremos também que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu
em nosso lugar para a nossa salvação. Deus estava provando a fé de Abraão, bem
como o seu amor e fidelidade. Em meio à provação, Abraão não duvidou do poder
sustentador de Jeová-Jirê, o Deus que provê. O Senhor pediu que Abraão
sacrificasse o seu único filho, o filho da promessa. Pela fé, Abraão obedeceu à
ordem de Deus indo ao lugar do sacrifício com seu filho Isaque. Acredita-se
que o monte Moriá seja a mesma colina em Jerusalém onde Salomão
construiu a casa do Senhor; onde Deus apareceu a Davi, pai de Salomão; Davi
preparou a eira (o lugar) que pertenceu a Araúna, o jebuseu, para a construção
do Templo do Senhor por seu filho, segundo prometeu. Atualmente, é o local onde
está a Mesquita de Omar, sobre a Cúpula da Rocha, de onde os muçulmanos acreditam
teria sido o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo
profeta Maomé) e permanece hoje como um templo da fé islâmica.
I - FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
1. Abraão é provado. Abraão faz parte da
galeria dos heróis da fé (Hb 11). Ele é conhecido como o "pai da fé".
A prova a que Abraão fora submetido parece um paradoxo diante do Deus amoroso,
justo e que jamais aceitaria um sacrifício humano. Deus pediu a Abraão algo
fora do comum, visto que sacrifícios humanos eram praticados nas religiões
pagãs. Mas o desafio foi feito e Abraão teria de provar sua lealdade e seu amor
ao Senhor. Em outras ocasiões Abraão falhou como homem e desobedeceu a Deus,
mas Ele não o abandonou. O Senhor via em Abraão qualidades que eram superiores
às suas fraquezas. E o patriarca precisava aprender a depender de Deus. As
dificuldades e provações fizeram com que Abraão desenvolvesse uma intimidade
maior com o Senhor. Abraão já havia experimentado alguns momentos de frustração
e amargura que lhe fizeram avaliar melhor suas decisões para com Deus.
2. No limite da capacidade humana. O apóstolo Paulo,
escrevendo aos coríntios, declarou: "Não veio sobre vós tentação, senão
humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes,
com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co
10.13). A prova a que Abraão fora submetido fez com ele chegasse ao máximo da
sua capacidade espiritual e emocional
3. Um pedido difícil. O pedido de Deus
parecia ser ilógico, impróprio, irracional e impossível de ser aceito. Deus
havia pedido, em holocausto, o seu único filho, "o filho da
promessa". Tem-se a impressão de que Deus estava pedindo a devolução de
algo que dera ao seu amigo. Abraão, entretanto, em momento algum se negou a obedecer
a Deus. Quantas vezes, em meio às dificuldades e provações, dizemos para Deus
que não podemos obedecê-lo, que não podemos suportar o que Ele nos pede. Deus
não quer o nosso mal, pois nos prova para que o conheçamos melhor.
II - PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO
1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício. Esses três
elementos eram a essência da prova a que Abraão estava sendo submetido. O
primeiro elemento era o seu amor para com Deus. O Senhor queria provar se Ele
estava em primeiro lugar no coração de Abraão. Deus tem de estar em primeiro
lugar em nossos corações. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a
Deus, deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. O
segundo elemento era a obediência. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que o
Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição. O terceiro
elemento envolvido nessa prova era a fé. Se antes, em algumas circunstâncias,
Abraão vacilou, como no caso de ter um filho com Agar, agora, amadurecido pelas
crises, ele confia plenamente em Deus. Abraão confiou que Deus seria capaz de
operar um milagre.
2. O clímax da prova. Depois de três dias de viagem, Abraão, Isaque e os moços que estavam com
eles chegaram à terra de Moriá (Gn 22.4). Os dois moços ficaram ao pé do monte,
e Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do
sacrifício (Gn 22.4-6). Na subida, o pai e o filho conversavam. Isaque não
sabia como seria feito esse sacrifício, pois eles não tinham consigo um animal
(um cordeiro) para o holocausto. Isaque perguntou ao seu pai: "[...] Onde
está o cordeiro para o holocausto?" (Gn 22.7), e Abraão, de forma incisiva
e confiante, respondeu: [...] "Deus proverá para si o cordeiro [...]"
(Gn 22.8).
3. O momento decisivo da prova. O caminho da
obediência pode parecer o mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no
momento certo. O pai e o filho chegaram ao local do sacrifício. Abraão conhecia
a fidelidade de Deus, e por isso não se desesperou. Isaque era um filho
obediente, um menino de fé. Ele aceitou ser amarrado e colocado sobre a lenha.
Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, mas o anjo do Senhor bradou forte
e não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto. A
intervenção divina na terra de Moriá (Gn 22.11,12) mostra que um dia, no
Calvário, Jesus morreu em nosso lugar. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por
nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo.
III - JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO
1. O sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O Deus que proveu
um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou
seu Filho para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou seu Cordeiro,
Jesus Cristo, para morrer por nós. O sacrifício de Jesus foi necessário para o
perdão dos nossos pecados.
2. A reconciliação mediante o sacrifício do
Cordeiro. O sacrifico de Jesus nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus
Cristo foi único e definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef 2.16).
Jesus, o Cordeiro de Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Sem
Ele estaríamos perdidos, longe de Deus e condenados ao inferno. Temos um
Criador que nos ama e que não negou dar o seu Unigênito para que tivéssemos a
vida eterna..
3. A justificação mediante o Cordeiro de Deus. Jesus, o Cordeiro
de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa
condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o
Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé,
temos paz com Deus (Rm 5.1).
CONCLUSÃO
Creia que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e
lugar, desde que estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema
vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em
consonância com as exigências divinas
PARA
REFLETIR
A respeito da provisão de Deus no monte do
sacrifício, responda:
1. Deus nos dá
tentação além do que podemos suportar? Confirme a resposta com uma referência.
Não. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: "Não veio
sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar
acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a
possais suportar" (1 Co 10.13).
2. O que Deus pediu a
Abraão?
Deus pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta.
3. Quantos dias
Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?
Acredita-se que eles caminharam durante três dias.
4. Qual a resposta de
Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o sacrifício?
"Deus proverá para si o cordeiro" (Gn 22.8).
5. Quem é o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo?
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